Ensinar onde está a verdadeira felicidade

Esse blog não tem um tema específico, trataremos de temas variados, o que todos terão em comum é que serão baseados na nossa fé e em plena comunhão com Sagrado Magistério da Igreja Católica.

Esse artigo fala de educação, foi baseado no livro Educar pela Conquista e Pela Fé, do Prof. Felipe Aquino, que além de professor e escritor de excelentes livros (recomendo!), apresenta o programa Escola da Fé, na TV Canção Nova.

Os jovens querem ser livres e felizes. É um anseio justo e necessário, mas os pais precisam ensinar a eles o que é a verdadeira felicidade, pois a maioria das pessoas se ilude sobre isso. Se dermos a um jovem tudo o que ele quer: dinheiro à vontade, prazer até não poder mais, "curtição" de toda espécie, você verá que a sua "fome" de felicidade continuará insaciada. Ele sempre pedirá mais, sem limites... Isto é realmente felicidade?

Se isso fosse felicidade verdadeira, não teríamos tantos jovens ricos delinquentes, envolvidos com as drogas e com outros crimes. Santo Agostinho, quando jovem, também buscou a felicidade nos prazeres do mundo, na retórica e na oratória, e em outras tantas fugas, mas somente saciou o seu coração quando encontrou o Evangelho e Jesus Cristo.

Ensine a seus filhos, amigos, e a todos a quem tiver oportunidade, que há uma grande diferença entre liberdade e libertinagem, entre ser livre e ser libertino. Liberdade sem compromisso com a verdade e com a responsabilidade torna-se libertinagem, quer dizer, abuso da liberdade. E isso não pode fazê-lo feliz!

Ser livre não é fazer o que quer, muitas vezes isso é uma ilusão, uma enganosa loucura. A verdade e a responsabilidade são os trilhos da verdadeira liberdade. Liberdade sem verdade é uma loucura, e sem responsabilidade pode chegar a delinquência. Por isso, ensine aos seus a viver a liberdade com verdade e responsabilidade.

A liberdade que produz a felicidade é alicerçada na verdade e na responsabilidade, fora disso causará com certeza a dor, o pecado, o sofrimento, as lágrimas e até a depressão. 

O direito sem o dever é anarquia, o dever sem o direito é escravidão. O dever e o direito estão ligados indissoluvelmente.

Jesus Cristo nos deu o caminho da felicidade no Sermão da Montanha, na passagem das bem-aventuranças. Bem aventurados quer dizer felizes.

Por mais duras que sejam as exigências de Jesus: humildade, mansidão, misericórdia, pureza de coração, perdão, oração ... , é aí que temos o caminho de verdade para a liberdade e felicidade autênticas. A Lei de Cristo pode ser árdua, mas não nos decepcionará. Muita gente chora amargamente por não ter aceitado e vivido a lei de Deus, mas não se vê alguém arrependido de a ter vivido.

Portanto, dar liberdade aos nossos filhos não é deixar que eles façam o que querem, mas apenas o que for bom para eles e para o próximo. A felicidade não cai do céu, é uma conquista. Não se encontra a felicidade, a construímos no dia a dia, não fora de nós, mas em nosso interior.

Santo Agostinho dizia que buscamos a (verdadeira) felicidade porque ela é o fim último do homem. Sem Deus, sem a esperança da vida eterna, o homem se atira de modo desenfreado às paixões, às glórias, às riquesas, e cai no vazio, criando um abismo em seu coração. Sofre e faz os próximos sofrerem com ele.

A felicidade não começa nos outros e vem até nós, ela começa em nós e vai até o próximo, por isso é mais feliz aquele que serve. Ser feliz é não deixar passar qualquer oportunidade de amar aqueles que passam pela sua vida.

Ensine tudo isso aos seus filhos, e isso os fará felizes de verdade.

Filhos, obedecei a vossos pais segundo O Senhor; porque isto é justo. O primeiro mandamento acompanhado de uma promessa é: Honra teu pai e tua mãe, para que sejas feliz e tenhas longa vida sobre a terra (Dt 5,16). Pais, não exaspereis vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e doutrina do Senhor. (Ef 6, 1-4)