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Mostrando postagens de janeiro, 2012

A autoridade de Jesus

Maravilhavam-se da sua doutrina, porque os ensinava como quem tem autoridade e não como os escribas. (Mc 1,22) Falar em nome de Deus não era necessariamente uma novidade nos tempos de Jesus. Muitos séculos antes, Deus falara aos seus pelos patriarcas, profetas e reis de Israel. Durante a vida pública de Jesus, já havia uma igreja constituída, dirigida pelos Sumo Sacerdotes. Além desses, haviam os escribas, os doutores da lei, os fariseus e os saduceus, entre outros. Todos esses, de alguma maneira, falavam em nome de Deus, ensinando a doutrina ao povo. Porém, o próprio Jesus advertia a esse respeito: Os escribas e os fariseus sentaram-se na cadeira de Moisés. Observai e fazei tudo o que eles dizem, mas não façais como eles, pois dizem e não fazem. (Mt 23, 2-3) Qual é então essa autoridade que assustava a multidão? O Papa Bento XVI, no seu livro Jesus de Nazaré, faz a seguinte reflexão a respeito: Não se visa naturalmente uma qualidade retórica do discurso de Jesus, mas sim

Reféns da Violência

Hoje peço licença aos leitores para a publicação de um artigo que foge do tema do blog, é uma carta aberta às autoridades, pedindo ajuda à população atingida pela violência. Peço a todos a colaboração no sentido de divulgá-la. No dia 9 de janeiro de 2012, ao chegar do trabalho no final da tarde, fui abordado por dois marginais armados que roubaram o meu carro e uma série de objetos que se encontravam no mesmo. Executei todos os procedimentos possíveis para dar a conhecer às autoridades o crime sofrido, inicialmente informando a polícia pelo 190, fazendo o alerta de roubo no site da Polícia Rodoviária Federal e depois o Boletim de Ocorrência na Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos. Essa foi a terceira vez que acontece algo do gênero comigo em Curitiba, já haviam furtado uma série de objetos do interior do meu veículo, e antes disso já havia sido abordado e tive a carteira roubada por outros dois marginais. Depois disso, me coloquei a pensar o que as autoridades tem feito par

Eis o Cordeiro de Deus

João Batista pode ser considerado o último profeta, assim respondeu aos sacerdotes e levitas quando da pergunta "Quem és tu?": Eu sou a voz que clama no deserto: Endireitai o caminho do Senhor. Eu batizo com água, mas no meio de vós está quem vós não conheceis. Esse é quem vem depois de mim; e eu não sou digno de lhe desatar a correia do calçado. Depois disso, enquanto batizava nas águas do Jordão e Jesus foi ao seu encontro, proclamou: Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo. No primeiro capítulo do Evangelho segundo São João, a sentença "Eis o Cordeiro de Deus" é proclamada duas vezes por João Batista. Essa frase, que num primeiro momento pode nos parecer estranha ou sem sentido, tem um sendido profundo e faz a ligação entre o Antigo e o Novo testamento. Para compreender melhor o sentido pelo qual Jesus torna-se o Cordeiro de Deus, é necessário recorrer ao Antigo Testamento. Vamos ao livro do Exodo, que conta a história de Moisés, que recebeu de

Solenidade da Epifania - A Apresentação do Senhor

"As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora." Com as palavras do Profeta Isaías a Igreja inicia a liturgia da palavra dessa solenidade tão importante, mas talvez não devidamente reconhecida. A palavra grega epifania pode ser traduzida como manifestação ou apresentação. É o próprio Deus que se manifesta a nós, que se dá a conhecer. O mesmo Deus que outrora fizera alianças com os patriarcas e que falara por meio dos profetas, o Verbo que se faz carne e habita entre nós. O povo aguardava um messias libertador, um rei, lider político, que lutasse contra a opressão do Império Romano. Não poderia ser de maneira mais simples a chegada desse Rei, que mais tarde nos diria que o seu reino não é desse mundo. Aquele do qual falavam as escrituras, o Rei dos Judeus, o Salvador da humanidade, surge quase que anonimamente. O anjo disse-lhes: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor. Isto vos servirá de sinal, achareis um recém-nascido