Solenidade da Epifania - A Apresentação do Senhor

"As nações se encaminharão à tua luz, e os reis, ao brilho de tua aurora."

Com as palavras do Profeta Isaías a Igreja inicia a liturgia da palavra dessa solenidade tão importante, mas talvez não devidamente reconhecida.
A palavra grega epifania pode ser traduzida como manifestação ou apresentação.

É o próprio Deus que se manifesta a nós, que se dá a conhecer.
O mesmo Deus que outrora fizera alianças com os patriarcas e que falara por meio dos profetas, o Verbo que se faz carne e habita entre nós.

O povo aguardava um messias libertador, um rei, lider político, que lutasse contra a opressão do Império Romano.
Não poderia ser de maneira mais simples a chegada desse Rei, que mais tarde nos diria que o seu reino não é desse mundo.
Aquele do qual falavam as escrituras, o Rei dos Judeus, o Salvador da humanidade, surge quase que anonimamente.

O anjo disse-lhes: hoje vos nasceu na Cidade de Davi um Salvador, que é o Cristo Senhor.
Isto vos servirá de sinal, achareis um recém-nascido envolto em faixas e posto numa manjedoura.
E subitamente ao anjo se juntou uma multidão do exército celeste, que louvava a Deus e dizia:
Glória a Deus no mais alto dos céus e na terra paz aos homens, objetos da benevolência divina.
(Lc 2,11-14)


Eis a Sagrada Família: um artesão, uma dona de casa e seu filho primogênito, um menino.
Segundo São Lucas, os primeiros aos quais se manifestou a glória divina foram alguns pastores, que vigiavam e guardavam o seu rebanho.

Aqui se encontra a pista para a nossa reflexão: vigiavam e guardavam.
Assim como os magos do oriente, que viram a sua estrela no oriente e foram adorá-lo, também a nós é feito o mesmo convite.
Deus se manifesta, está presente no meio de nós, sua estrela brilha no oriente.
Mas e quanto a nós, estamos vigilantes?
Façamos como os pastores, que foram com grande pressa à Belém e encontram Maria, José e o menino.

A nossa conversão precisa ser diária!
Não deixemos para depois o que temos a fazer, façamos agora.
Vamos preparar os nossos corações, não deixar que as rotinas diárias nos afastem da verdade do Evangelho.

Finalizo com as palavras de esperança do salmista:
Entregai a justiça nas mãos do filho real, para que ele governe com justiça vosso povo, e reine sobre vossos humildes servos com equidade.
Todos os reis hão de adorá-lo, hão de servi-lo todas as nações.
Porque ele livrará o infeliz que o invoca, e o miserável que não tem amparo.
Ele se apiedará do pobre e do indigente, e salvará a vida dos necessitados.
Ele o livrará da injustiça e da opressão, e preciosa será a sua vida ante seus olhos.


Amém.

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