Dia dos Fiéis Defuntos

Prezados leitores, venho aqui tirar um pouco do pó do blog que está sem muito movimento nos últimos dias e aproveito para desculpar-me por isso, em nome da nossa pequena e modesta equipe.

Vou citar aqui algumas palavras do que a Santa Igreja nos ensina sobre os fiéis defuntos.

Desde os primeiros tempos a Igreja honrou a memória dos defuntos e ofereceu sufrágios em seu favor, em especial o sacrifício eucarístico, a fim de que, purificados, eles possam chegar à visão beatífica de Deus. A Igreja recomenda também as esmolas, as indulgências (há um post sobre esse assunto, muito interessante!) e as obras de penitência em favor dos defuntos.

A gênese dessa celebração está na famosa abadia de Cluny, quando seu quinto Abade, Santo Odilon, instituiu no calendário litúrgico cluniacense a "Festa dos Mortos", dando especial oportunidade a seus monges de interceder pelos defuntos, ajudando-os a alcançarem a bem-aventurança do Céu. (Quer saber mais sobre essas famosas abadias? Leia a história da Igreja e vai ver que o nome "idade das trevas" não tem nada a ver com o que de fato foi a idade média).

A partir de Cluny, essa comemoração foi-se estendendo entre os fiéis até ser incluída no Calendário Litúrgico da Igreja, tornando-se uma devoção habitual, em todo o mundo católico.

Essa celebração apóia-se também na prática da oração pelos defuntos, da qual já a Sagrada Escritura fala: "Eis por que ele (Judas Macabeu) mandou oferecer esse sacrifício expiatório pelos que haviam morrido, a fim de que fossem absolvidos de seu pecado" (2Mc 12,46).

Alguns trechos do Catecismo da Igreja Católica envolvendo o tema:

A comunhão com os santos. "Veneramos a memória dos habitantes do céu não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais para corroborar a união de toda a Igreja no Espírito, pelo exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão entre os cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma o consórcio com os santos nos une a Cristo, do qual como de sua fonte e cabeça, promana toda a graça e a vida do próprio Povo de Deus".

Nós adoramos Cristo qual Filho de Deus. Quanto aos mártires, os amamos quais discípulos e imitadores do Senhor e, o que é justo, por causa de sua incomparável devoção por seu Rei e Mestre. Possamos também nós ser companheiros e condiscípulos seus."Nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz sua intercessão por nós".

Uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los entre outros modos, obtendo em favor deles indulgências para libertação das penas temporais devidas por seus pecados.

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