Misericórdia

Misericórdia! É o que a liturgia da Santa Missa tem nos ensinado nos últimos três domingos desse mês da Bíblia - Setembro de 2011.

Iniciemos pelo primeiro domingo do mês. (Mt 18, 15-20)
Na verdade, no versículo 19 Jesus institui o Sacramento da Reconciliação (Confissão), mas é um assunto muito complexo que precisaria de um post exclusivo, o farei em outra oportunidade.
Fiquemos aqui com o tratado de misericóridia, aqui apresentada como correção fraterna. Se o teu irmão pecar, vai e corrige-o a sós, depois na presença de poucas testemunhas, e a "terceira chance" dá-se dizendo-o à Igreja. O número três é muito significativo na Bíblia, o Deus três vezes Santo, todo Santo, é o número da Unidade e da Trindade.

Seguindo adiante no Evangelho de Mateus - nos versículos de 21 a 35 - entramos na liturgia do segundo domingo do mês. A pergunta de São Pedro "Senhor, quantas vezes devo perdoar a meu irmão, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?" obtém a significante resposta dO Senhor "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete". Novamente aqui encontramos um número significativo, sete. Sete Sacramentos, é o número da totalidade, da perfeição, significando uma grande quantidade.
Aqui Jesus nos ensina que o perdão deve ir além, devemos perdoar sempre! Devemos ser como O Pai, que sempre nos perdoa, infinitas vezes, não importando o tamanho das nossas faltas. Eis o desafio para os Cristãos: sermos verdadeiros discípulos desse grande mestre, agindo como Ele, imitando a sua misericórdia infinita.

Logo em seguida, Jesus nos apresenta a Parábola do Devedor Implacável, que fica como sugestão de leitura, em Mt 18, 23-35, excelente texto para meditação: "Eis como meu Pai celeste agirá convosco, se cada um de vós não perdoar, de coração, ao seu irmão".

O Evangelho de hoje avança para o capítulo 20, nos apresentando a Parábola dos Trabalhadores da Vinha:
"Não tenho eu o direito de fazer o que quero com o que é meu? Ou estás com ciúmes porque sou bom?". (Bíblia de Jerusalém) "Ou não me é permitido fazer dos meus bens o que me apraz? Porventura vês com maus olhos que eu seja bom?" (Bíblia Ave Maria)
Nessa parábola os trabalhadores que foram contratados ao romper da manhã, durante ou ao final do dia, recebem do feitor da vinha o mesmo valor, um denário, valor corresponde a uma diária de trabalho.
Aqui Jesus nos mostra como será o julgamento do Pai, misericordioso. O Pai, Deus todo-poderoso, Senhor do Céu e da Terra, agirá com misericórdia. Assim não fosse, estaríamos todos condenados pela nossa natureza humana pecadora.

Meu amigo Walmir Alencar compôs uma música que no seu refrão diz o seguinte:
Saibas que todo o teu pecado, em toda a tua vida, é uma pequena gota que se derramou no mar da misericórdia infinita de Deus. Quem poderá dizer que ela existiu? Foi uma pequena gota... O mar a consumiu.

No entanto, lembremos que O Senhor é todo amor, mas também todo justiça, e dará a cada um de acordo com as suas obras e na medida da sua fé.


Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados ... porque, com a mesma medida com que medirdes, sereis medidos vós também.
(Lc 6, 37-38)

Uma semana abençoada a todos vocês, e obrigado pela visita!

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