Minha homenagem ao Papa Bento XVI

A liturgia de hoje trata da vocação de Moisés, e enquanto ouvia a belíssima homilia do Pe Gilson, um outro grande servo de Deus me vinha à mente: Joseph Ratzinger.

Pois bem, esse homem já era em muito admirado por mim enquanto Prefeito da Congregação Para a Doutrina da Fé e braço direito do Beato João Paulo II, e é a ele que ofereço essa singela homenagem.

Por coincidência ou por providência, o encarregado de celebrar a missa de exéquias do Papa João Paulo II foi exatamente aquele que seria o seu sucessor, Cardeal Ratzinger. Não sabia ele que aquela belíssimas palavras dirigidas ao falecido pontífice serviriam perfeitamente a ele próprio (recomendo a leitura na íntegra, no link abaixo):

"Segue-me", diz o Senhor ressuscitado a Pedro, como sua última palavra a este discípulo, escolhido para apascentar as suas ovelhas. "Segue-me" esta palavra lapidária de Cristo pode ser considerada a chave para compreender a mensagem que vem da vida do nosso saudoso e amado Papa João Paulo II...

As suas primeiras palavras como Papa, na bênção "Urbi et Orbi" foram as seguintes:

"Depois do grande Papa João Paulo II, os Senhores Cardeais elegeram-me, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor."



Essas palavras demonstraram ao mundo como seria esse pontificado, o homem que a tempos renunciara ao seu cargo, buscando o seu merecido descanso depois de quase toda uma vida dedicada à Igreja, mas que tivera a renúncia negada por João Paulo II. Sempre humilde e obediente, dócil ao Espírito Santo, aquele que era considerado por muitos como carrasco, duro, severo, ultrapassado, mostrou ao mundo a verdadeira face que via dO Senhor, o Deus de amor, o Deus que é amor, na sua primeira encíclica: Deus Caritas Est!

A dois anos de pontificado, em maio de 2007, tivemos o imenso prazer de recebê-lo em São Paulo, no estádio do Pacaembu lotado, lotado com os jovens que vieram de todos os cantos do Brasil para ouvir as suas palavras:

Ontem pela tarde, ao sobrevoar o território brasileiro, pensava já neste nosso encontro no Estádio do Pacaembu, com o desejo de dar um grande abraço bem brasileiro a todos vós, e manifestar os sentimentos que levo no íntimo do coração e que, bem a propósito, o Evangelho de hoje nos quis indicar.

Santo Padre, nos sentimos abraçados. Saímos daquele estádio como os discípulos de Emaús, com o coração ardendo, por ter ouvido O Senhor nos explicando as escrituras, por intermédio do Seu Vigário na Terra.

É impossível descrever nesse pequeno espaço tudo o que pudemos aprender com esse Santo homem de Deus, todo o legado que o seu pontificado de quase 8 anos deixará para a Igreja. Recomendo em especial a trilogia Jesus de Nazaré, três livros que aprofundam de uma maneira incrível certos trechos do Evangelho e partes importantes dos fundamentos da nossa fé, como a oração do Pai Nosso.

Deixo aqui então as suas últimas palavras como Papa, desse que ficará para sempre em nossos corações:


Vós sabeis que este dia é diferente dos precedentes; já não sou o Sumo Pontífice da Igreja Católica: ainda sou até às oito horas da noite, e depois deixo de o ser. Sou simplesmente um peregrino que começa a última etapa da sua peregrinação nesta  terra. Mas ainda gostaria, com o meu coração, com o meu amor, com a minha oração, com a minha reflexão e com todas as minhas forças interiores, trabalhar pelo bem comum e pelo bem da Igreja e da humanidade. E sinto-me apoiado pela vossa simpatia. Vamos em frente, juntamente com o Senhor, para o bem da Igreja e do mundo. Obrigado! Concedo-vos agora de todo o coração a minha Bênção. Abençoe-vos Deus Todo-Poderoso, Pai e Filho e Espírito Santo. Obrigado, boa noite. Obrigado a todos vós!

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