Nas eleições, defesa do aborto é fatal

O tema do aborto nunca recebeu tanto destaque em uma eleição quanto está recebendo nesta. Quase sempre o assunto fica restrito aos ambientes religiosos, aos militantes pró-vida ou às feministas, mas dessa vez, graças à influência crescente da internet no país, as posições de cada candidato em relação à descriminalização do aborto estão sendo exibidas e investigadas à exaustão. Isso é ótimo !

O dia de hoje certamente foi emblemático para essa análise. A manchete do jornal Folha de São Paulo desta terça-feira (05/10) destacava a possibilidade levantada pelo próprio PT de retirar de seu programa de governo o empenho por descriminalizar a prática. A posição oficial do PT em favor da liberação do aborto está suficientemente explicada e provada por dúzias de artigos e documentos, uma busca simples no Google leva o interessado a uma extensa lista de resultados. O que quero destacar nesse texto é o fato de que, se até o gigante e ideologizado PT sugere um recuo num dos pontos que mais o caracteriza, mesmo liderando com considerável vantagem uma campanha presidencial, isso significa que a postura do povo brasileiro em relação ao tema, conhecida e confirmada por qualquer pesquisa que se faça, finalmente chegou no topo das preocupações de quem quer governar o Brasil. Aqui, quem defende a liberação do aborto sangra em votos.

Não acredito que o PT venha realmente a tirar o aborto de suas metas – a causa faz parte da essência de quem criou e lidera o partido – e até acho que isso tem um lado muito ruim, que é de que os ingênuos podem passar a vê-lo como opção moralmente aceitável, ignorando outras imoralidades e posturas antidemocráticas, mas é revigorante ver que o disfarce abortista de “direito humano”, de vender um mal óbvio como se fosse um bem necessário, ao menos nesse caso, não funciona e faz perder eleição.


Mais sobre o aborto e a perda de votos do PT:

Presidente do PT-SP admite que caso Erenice e aborto levaram eleição ao 2º turno

PT estuda tirar aborto do programa de governo para estancar perda de votos

Gleisi Hoffmann: aborto pode custar a presidência de Dilma

Comentários

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  2. Uma questão de saúde pública?

    "Joga-se muito com a desatenção do povo, ou até com sua suposta ignorância. O presidente Lula, em que pese sua promessa nebulosa aos Bispos em 2005, é decididamente a favor do aborto. Acompanham-no nesta sua postura, o ministro da saúde, e é claro, sua presumida sucessora Dilma. Esta, para encantar o eleitorado católico, chegou a visitar oficialmente o Papa (sem ter convicção pessoal). O efeito foi conquistar os votos de clérigos, invadindo até seu primeiro escalão. A vitória se delineia fácil, e por isso não se vê necessidade de ocultar coisa nenhuma. Tudo é dito às claras. A resistência ao secularismo governamental é nula. É uma submissão geral. Os princípios cristãos que ainda vigem em nossa vida pública, deverão se retirar para a diáspora das consciências. Na frente de ouvintes qualificados Lula afirmou que a introdução da lei do aborto, “é uma questão de saúde pública em nosso país”. Lembramos o salmo: “Lembra-te do povo que redimiste como tua herança” (Sl 74,2).

    É bom saber que existe muita manipulação de estatísticas, ao se falar sobre a taxa anual de abortos. Sobretudo são falsas as notícias sobre o número de mulheres mortas em decorrência de “abortos inseguros”. Segundo informações do DATASUS (2006), o número de mortes maternas em decorrência dessa prática, nunca passou de 163 por ano.(Ver “Faça alguma coisa pela vida” N. 96) Por isso diz-se falsamente que a legalização, “evitaria milhões de mortes maternas”. Uma vez que o governo faz apologia da interrupção da gravidez, por qualquer motivo, as grandes redes de TV precisam entrar nessa linha. Caso contrário perdem as ricas inserções de propaganda do poder público. Sem as benesses do governo até a Globo fecha. Por isso, mais do que rapidamente, foi introduzida a novela “Passione”, que procura fazer a cabeça do povo, a mando do governo. Vamos supor, por um exagero de fantasia, que o governo declarasse que o assalto às residências deve ser assunto de “saúde pública”. Para tal efeito se publicariam estatísticas incrementadas de mortes de assaltantes, cujas investidas estariam sendo feitas em condições inseguras. Para completar a hílare situação, o governo proporia legalizar o assalto, para que todo cidadão, rico ou pobre, pudesse realizar um assalto seguro. Essa é a conversa que os líderes da nação fazem ao falar de aborto."

    Ter, 29 de Junho de 2010 08:54 cnbb

    Dom Aloísio Roque Oppermann – Arcebispo de Uberaba, MG

    http://www.cnbb.org.br/site/articulistas/dom-aloisio-roque-oppermann/3961-uma-questao-de-saude-publica

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  3. "Segundo, que este assunto só foi ganhar força AGORA porque a oposição está tão enfraquecida e sem rumo neste país que foi necessário criar uma crise, um motivo para tentar ganahr algum voto"

    Esta é a sua opnião, não generalize as coisas meu caro. Se tem alguém que usa isso simplesmente para ganhar votos sem estar de fato preocupado com o assassinato de milhares de crianças é um hipócrita, um imbecíl completo e sem vergonha!

    A Dilma o Serra e o aborto: Na minha opinião estes dois são lobos correndo, me perseguindo. Um está à 50 mts de distância e o outro à 3mts, tenho que me livrar dos dois, mais só tenho uma bala na minha Pistola Imbel modelo MD2 calibre 380, então opto por executar o que está mais próximo para assim ganhar tempo e cuidar do outro mais tarde.

    Dom Odilo falou que não devemos ficar dando enfoque somente na questão do aborto, sim, concordo, mais pra mim é a questão mais importante a ser debatida e cobrada pelos católicos. Acho uma atitude omissa da CNBB ficar em cima do muro e não dedurar o PT como muitos já fizeram.

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  4. As vezes dou graças a Deus pela CNBB não fazer parte, ou falar pela, ou em nome da, Hierarquia da Igreja.

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  5. Maluko

    Este espaço não vai servir de outdoor para campanha a favor de Dilma Roussef. Vou apagar seu comentário e voltar a fazê-lo se escrever abobrinha mais uma vez.

    Sobre aborto ser "questão de saúde pública", óbvio que é. A safadeza dessa argumentação está no fato de limitar o aborto a só essa realidade. Aborto é questão de saúde pública, de direito civil, de direto criminal, de moral e de religião. Calhordas gostam de focar só naquilo que lhes permite sustentar alguma frágil argumentação, e omitem o restante das abordagens que, logicamente, pulverizam racionalmente todo o discurso dos socialistas.

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  6. É realmente maravilhosos ver o movimento de cristão que estão lutando contra essa atrocidade do aborto! vamos continuar rezando para que essa coisa horrível não entre no Brasil e esses outros projetos antocristãos do PT tambem não. DILMA NÃO!

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